Nunca como hoje se leu e escreveu tanto. A internet a isso obriga, mesmo que muitos escrevam simplificando as expressões e criando um vocabulário pouco ortodoxo. Coisas do nosso tempo. Do tempo das novas tecnologias. Os livros, esses, ficam infelizmente na estante. Outros usos e costumes os de hoje. E não vale a pena lutar contra moinhos de vento. É uma perda imensa não conhecer os grandes clássicos que tantas obras-primas criaram na arte da palavra escrita. Mas tudo muda. Até a leitura. Até a escrita.
Estas duas telas ilustram momentos em que a escrita e a leitura são parte do nosso viver. Os suportes, processos e meios podem mudar e estarão sempre a mudar, no entanto, todas as gerações precisam de saber ler e escrever, mesmo que um dia a tecnologia substitua tudo pela tradução oral. E a arte narra um tempo e um estar, como penso que acontece aqui nestes trabalhos pictóricos. Cores e formas substituindo a escrita descrevem um outro modo de ler a realidade. A pintura é isso mesmo. Um outro olhar. Uma outra leitura. Uma outra escrita. História da Minha Pintura.
E vos deixo com as palavras de Jorge Luis Borges:
“ Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve.”
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